M&A Community no Brasil - Ed. #63
Em uma quinzena movimentada, Cimed agora quer abocanhar a Jequiti e a Smartfit está próxima de adquirir a Velocity. Fique por dentro últimos deals e tendências do M&A.
A última quinzena para o mercado de M&A foi amarga. Uma redução de 21% no número dos deals em relação ao mesmo período do ano anterior abalou o mercado. Por outro lado, movimentos interessantes em diversos setores mantiveram a chama de criatividade, inovação e persistência do setor no Brasil. A Cimed agora quer abocanhar a Jequiti e entrar, de vez, no mercado de cosméticos - a empresa vem investindo na sua própria linha de cosméticos há algum tempo. E a Smartfit está próxima de adquirir a Velocity com o foco de se tornar um ‘wellness hub’.
Já o agro continua pop, com a BP aumentando seus investimentos em bioenergia com a aquisição da outra metade da joint-venture BP Bunge Bioenergia e pretende investir USD 16 bi.
Já o cenário para IPOs tem ficado distante, com especialistas agora dispensando a ideia de reaquecimento do setor ainda em 2024, com novas ofertas públicas de ações. Mas ainda é possível se agarrar a sinais positivos, como o crescimento do PIB dos EUA, a diminuição da volatilidade do mercado e a estabilidade das taxas do FED. Puxando a manada, a Cosan contrata bancos para coordenar o IPO da Moove nos EUA.
Confira tudo que o profissional de M&A precisa saber nessa quinzena.
Projeto Maia: planos de expansão da Frasle em LATAM culminam na compra da Kuo Refaciones por R$ 2,1 bi
A fabricante de autopeças Frasle vai adquirir a mexicana Kuo Refacciones por BRL 2,1 bi. A aquisição inclui as marcas Moresa, TF Victor e Fritec, distribuídas pela Dacomsa no México. O investimento deve aumentar o faturamento da Frasle em BRL 1,4 bi por ano, em comparação aos BRL 3,85 bi registrados pela empresa em 2023. A iniciativa faz parte do Projeto Maia, iniciativa da empresa que visa expandir a marca no mercado mexicano, liderar na América Latina e acessar o mercado dos EUA.
O valor da transação, cerca de 50% do valor de mercado da Frasle, será pago em caixa e dívida, sendo a maior da história da empresa. Espera-se que a integração das empresas gere um ganho de BRLm 300 em Ebitda nos próximos cinco anos. A aquisição ainda aguarda aprovações regulatórias, incluindo o aval do Cade.
Fonte: O Antagonista
Número de transações: 33
Confira as transações da quinzena no nosso Deal Tracker. 👇
O drama da venda da Kabum para o Magalu continua. Agora, o ex-donos dos e-commerces estão em disputa pelo pagamento de BRL 1 bi, valor supostamente não pago pela aquisição da gigante de comércio de eletrônicos. Ao mesmo tempo, Ariel Grunkraut sai do grupo Zamp e a Suzano amplia sua expansão internacional com a compra de 15% da Lenzing, gigante austríaca.
O que deu o que falar nesta quinzena?
Com novo resgate de controladores, Marisa aprova aumento de capital de até BRLm 750
Alliança diz que não negocia diretamente com Dasa, mas que acionistas controladores conversaram
TC assina memorando para venda da RI Prisma à Reag por BRLm 6 milhões
São Carlos, empresa imobiliária de Lemann, vende 30 imóveis de uma só vez por BRLm 486,5
iFood incorpora Zoop e lança banco digital para restaurantes
XP fecha parceria com a B&T Câmbio e dá o primeiro passo para expandir negócio cambial
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Ex-donos do Kabum e Magalu brigam por pagamento de BRL 1 bi; entenda
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Vale busca investidor para Aliança Energia, e ao menos três grupos estariam interessados
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Sob controle do Mubadala, Zamp anuncia saída do CEO e cofundador Ariel Grunkraut
Confira quais foram os últimos fundos e captações da última quinzena.
Novos fundos e captações
FII TGAR11 anuncia captação de R$ 514,8 milhões em 13ª oferta; saiba mais
Natura lança fundo de venture capital com R$ 50 mi, sob gestão da Vox
Brookfield lança fundo de US$ 5 bi para descarbonizar emergentes
Notícias e rumores
Novo fundo é lançado com 2 milhões de dólares para apoiar jornalismo de interesse público no Brasil
Fundo imobiliário SURPRESA começa a remunerar seus cotistas em 1,07% em junho
Private equity vê retomada de crescimento no Brasil; entenda
Indústria
Venture, Banking & Consulting
O FGTS mudou; entenda como isso pode impactar você
O STF decidiu que os valores do FGTS serão corrigidos, no mínimo, pela inflação, conforme proposta da AGU e das centrais sindicais apresentada em abril. A partir de 2025, o relator e presidente do STF, Luís Roberto Barroso, propôs que a rentabilidade do FGTS seja ajustada para o mesmo índice da poupança, com todo o lucro do FGTS de 2024 sendo distribuído como uma regra de transição. Os ministros determinaram que essa decisão será válida apenas para os saldos futuros, não afetando os valores já depositados.
Fábio Cortinovis, professor de finanças na FACHA, explica que atrelar o FGTS ao IPCA pode não garantir ganhos superiores à poupança, pois isso também depende da curva da Selic e da inflação. Em períodos de Selic baixa, o FGTS pode ter rendimentos superiores a investimentos como o Tesouro Direto. No entanto, com a Selic alta, a tendência é que o FGTS perca rentabilidade. Em 2020 e 2021, por exemplo, quando a Selic esteve abaixo de 10%, o rendimento do FGTS superou a poupança.
Fonte: einvestidor
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Continua a seca de IPOs? BTG não vê janela para novas ofertas públicas no Brasil
Fabio Nazari, do BTG Pactual, foi na contramão das expectativas de retorno do mercado de IPOs brasileiros em 2024. Segundo Nazari, mercado brasileiro, que enfrenta uma seca de ofertas públicas iniciais de ações desde 2021, quando a B3 registrou 46 IPOs, historicamente o mercado apresenta ciclos de liquidez seguidos por períodos de retração, como o atual, que foi exacerbado pela saída de capital estrangeiro e pelo aumento das taxas de juros.
Durante o 25º encontro internacional de relações com investidores, Nazari destacou que paradas anteriores no mercado de capitais brasileiro, como em 2008 e 2014, foram impulsionadas por crises globais ou fatores locais específicos. Em 2021, um "freio de arrumação" ocorreu devido ao aumento global dos juros, com o Brasil iniciando esse movimento antes dos Estados Unidos. Ele afirmou que a janela para novos IPOs não abrirá este ano devido à desvalorização do mercado.
Fonte: Money Times
Os próximos IPOs serão fora da bolsa. E podem estar mais perto do que você imagina
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(Indústria) Importação de aço brasileira é a segunda maior da América Latina, México mantém liderança
O mercado brasileiro de aço ainda ocupa a segunda posição em maiores importações da América Latina. Em 2023, o país foi responsável por ocupar quase 20% do mercado, o que pode indicar que ainda há muito espaço para desenvolvimento na indústria nacional. Isso levou o governo a implementar sistemas de cotas e tarifas, com o objetivo de ajudar a conter o influxo de produtos siderúrgicos no país. O sistema de cotas é válido de junho de 2024 a maio de 2025, e qualquer volume que exceda a cota estará sujeito a uma tarifa de 25%.
A indústria siderúrgica da América Latina produziu aproximadamente 58 milhões de toneladas de aço bruto em 2023, representando apenas 3% da produção global de aço. Atualmente, o setor na região é desafiado pela demanda local estagnada resultante de altas taxas de juros, investimentos limitados, crescimento econômico lento, produção industrial em declínio e maior pressão do aumento das importações.
No M&A, a quinzena reflete esse cenário com um ritmo desacelerado em deals. O destaque vai para a Vale, que está buscando um investidor para a Aliança Energia. O ativo, com valor estimado em BRL 6 bi, já possui pelo menos 3 possíveis compradores interessados.
Fonte: S&P Global
(TMT) Startups brasileiras dominam M&A em maio, acumulando 3 dos maiores investimentos durante o período em LATAM
O mês de maio foi positivo para o setor de TMT em termos de Venture Capital, com as startups encabeçando 3 dos maiores aportes do mês. Foram realizadas 49 rodadas, totalizando USm 367, um aumento significativo em relação ao mês anterior. Na América Latina, os 5 maiores investimentos foram:
HIF (Chile) | USDm 114
CRM Bonus (Brasil) | USm 78
Aplazo (México) | USDm 70
Indicium (Brasil) | USDm 40 milhões
Hurb (Brasil) | USDm 26
Tecnologias emergentes devem ser um dos grandes catalisadores de investimentos no segmento. Entre os 10 países que mais tiveram atividade de startups de IA entre 2013 e 2023, o Brasil figura na décima sétima posição.
(Healthcare & Farma) Novos modelos de negócio e empreendimentos de base tecnológica impulsionam crescimento da Saúde em 2024
No Brasil, o setor de saúde está passando por transformações interessantes, com novas formas de acesso e assistência que podem atrair muitos investimentos. Mesmo com desafios como taxas de juros altas e pressões econômicas globais, o setor de saúde continuou a ser importante para M&A em 2023, especialmente com a inovação acelerada pela pandemia, como novos modelos de assistência e avanços em tecnologia de saúde.
Nos últimos anos, o Brasil seguiu uma tendência global, com um crescimento forte em 2021 e uma desaceleração depois disso. Em 2023, o setor de saúde no país começou a se recuperar, registrando US$3,4 bilhões em negócios, sendo a maior parte desse valor devido à aquisição da Amil. Essa movimentação representou cerca de 6% do total de fusões e aquisições no Brasil.
Um estudo da Bain & Company mostra que o mercado de saúde brasileiro é muito robusto, com mais de R$1 trilhão em receitas e um grande potencial de crescimento no longo prazo. O foco principal das fusões e aquisições ainda está nos serviços assistenciais, mas cada vez mais vemos investimentos em novos elos da cadeia de valor e novos modelos de assistência, que representaram 61% das transações em 2023.
Fonte: Bain & Company
(Consumer) Número de fusões e aquisições de franquias caiu no Brasil após a pandemia
O mercado de fusões e aquisições (M&A) de franquias no Brasil registrou uma queda de 17% em 2023, com cerca de 1200 negócios fechados, em comparação aos mais de 1650 casos de 2022. Segundo Erlon Labatut, especialista em varejo, essa queda não indica uma crise, mas sim uma normalização após o boom pós-pandemia. Ele afirma que o setor está voltando aos números pré-pandemia e que a demanda reprimida durante a crise levou muitas empresas a buscarem reorganização e novas oportunidades de M&A.
Apesar da redução, o mercado de franquias brasileiro continua forte, especialmente no setor de tecnologia, mídia e telecomunicações, que lidera com 45,3% das transações. Labatut destaca que o setor de tecnologia é particularmente atraente para franquias devido à necessidade constante de inovação e desenvolvimento, além da proximidade que o modelo de franquias permite com os clientes. Ele vê um futuro promissor para o mercado de franquias no Brasil, com grande potencial de crescimento e um ecossistema favorável que sustenta o desenvolvimento contínuo do franchising no país.
Fonte: O Tempo
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